quinta-feira, 30 de junho de 2011

Níveis de Surdez de acordo com conceito clínico

Os níveis de surdez podem ser classificados como: leve, moderado, acentuado severo, profundo.

Leve – entre 20 e 40 dB
- Média – entre 40 e 70 dB
- Severa – entre 70 e 90 dB
- Profunda – mais de 90 dB
• 1º Grau: 90 dB
• 2º Grau: entre 90 e 100 dB
• 3º Grau: mais de 100 dB

fonte: http://linguagestual.webnode.pt/

Conceito Clínico e Socioantropológico de Surdez

Clínico: A surdez é considerada uma patologia que pode causar outras deficiências. A surdez é um limite sensorial definido em níveis de perda ( do ligeiro ao profundo) que geram problemas na aquisição da linguagem. A patologia da surdez deve ser tratada com estratégias corretivas como aparelhos sonoros, ambiente favorável a fala. Essa visão exclui a educação bilígue.

Socioantropológico: A surdez não é uma patologia, considera-se as características sociais dos indíviduos não é necessário aparelhos sonoros. Vê-se as possibilidades do surdoo como a linguagem viso-espacial. Essa visão abre espaço para que se possa concretizar a educação Bilíngue.

Cultura Surda


Deficiente auditivo, surdo ou surdo-mudo?

    Essa é uma dúvidas que muitas pessoas possuem.  O surdo-mudo é a mais antiga e inadequada denominação atribuída ao surdo, e infelizmente ainda utilizada em certas áreas e divulgada nos meios de comunicação. O fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda. A mudez significa que a pessoa não emite sons vocais. Para a comunidade surda, o deficiente auditivo não participa de Associações e não sabe LIBRAS. O surdo é aquele que tem a LIBRAS como sua língua.

Compreendendo o mundo surdo

     Por anos, muitos têm avaliado de forma depreciativa o conhecimento pessoal dos surdos. Alguns acham que os surdos não sabem praticamente nada, porque não ouvem nada. Há pais que super protegem seus filhos surdos ou temem integrá-los no mundo dos ouvintes ou mesmo no mundo dos surdos. Outros encaram a língua de sinais como primitiva, ou inferior, à língua falada. Não é de admirar que, com tal desconhecimento, alguns surdos se sintam oprimidos e incompreendidos.
Em contraste, muitos surdos consideram-se “capacitados”. Comunicam-se fluentemente entre si, desenvolvem auto-estima e têm bom desempenho acadêmico, social e espiritual. Infelizmente, os maus-tratos que muitos surdos sofrem levam alguns deles a suspeitar dos ouvintes. Contudo, quando os ouvintes interessam-se sinceramente em entender a cultura surda e a língua de sinais, e encaram os surdos como pessoas “capacitadas”, todos se beneficiam.

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) é  uma institutição que visa a divulgação e o incentivo em todas as áreas da Ciência e pesquisa no Brasil,tendo em sua revista mensal - Ciência Hoje - sua porta mais direta com os membros e estudiosos da área e população em geral.
A Universidade Federal de Goiás e a cidade de Goiânia têm a honra de receber a 63ª REUNIÃO ANUAL DA SBPC que acontecerá nos dia 10 a 15 de julho de 2011 com o tema central: "Cerrado: Água, Alimento e Energia". 
A SBPC realiza diversos eventos, de caráter nacional e regional, com o objetivo de debater políticas públicas de C&T e difundir os avanços da ciência nas diversas áreas do conhecimento.
É importante a participação dos estudades da UFG para privilegiar este evento, que acontecerá em nossa Universidade.  Alguns alunos de Letras: Libras irão apresentar neste grande evento.

EDUCAÇÃO DOS SURDOS NO MUNICÍPIO DE LINHARES


A educação para surdos ao longo do tempo vem ganhando destaque no cenário educacional brasileiro. Apesar disso, ainda se pode afirmar que os direitos conquistados pela comunidade surda estão sendo respeitados e, dentre esses direitos, está o reconhecimento da língua sinais como língua natural dos surdos. Direito garantido pelo Congresso Nacional que decretou e sancionou a Lei Nº 10.436 de 24 de abril de 2002.
No município de Linhares desde de 2000 foi idealizado o projeto “Escola Polo Bilíngue: Direito à Igualdade”,e está sendo implementado nas escolas regulares de ouvinte EMEF Presidente Castelo Branco e EEEFM Bartouvino Costa, pensando em ofertar à comunidade surda local uma educação de qualidade, que transcende dos direitos formais aos reais, não resumindo à apenas ser referência na aglomeração dos alunos surdos tendo o intérprete de LIBRAS como bengala.
Para que a Escola seja realmente Bilíngue ela precisa possibilitar à comunidade escolar (alunos, professores, gestores, serventes, bibliotecários, técnicos em informática) a aquisição da LIBRAS para a educação e, mais especificamente, para a comunicação e ensino; rever o projeto político-pedagógico; atualizar seus recursos didáticos, metodologias, estratégias de ensino, práticas avaliativas; e, acima de tudo, repensar o currículo.
É evidente que não é o aluno surdo que tem que se adaptar às metodologias de ensino, uma vez que esta sempre foi pensada de ouvinte para ouvinte, mas sim, as metodologias de ensino que precisam ser pensadas de forma a abarcar tanto aluno surdo quanto ouvinte e isso, sabemos, é tarefa árdua. Para tanto, as escolas devem não só incluir os professores surdos e os profissionais intérpretes, mas também lhes dá a vez para opinar nas mudanças necessárias, uma vez que os mesmos são especialistas no que fazem, por fazer refletindo, e por trazerem em seus corpos a marca da surdez.

terça-feira, 31 de maio de 2011

A Importâcia de se ensinar através do Lúdico


A partir dos anos 60 é que a língua de sinais foi reconhecida como realmente uma língua, antes ela era entendida como somente gestos, com essa mudança surge à necessidade de se entender e compreender essa língua; a partir daí pessoas ouvintes chegam a conclusão que deveriam aprofundar nesse mundo dos surdos.
Demorou muito para que a regularização oficial dessa língua acontecesse no Brasil, somente a partir do dia 22 de dezembro de 2005, com a Lei Federal nº 10.436/02 e regulamentada pelo Decreto nº 5.626 (BRASIL, 2005). Com esse respaldo a Língua Brasileira de Sinais abriu espaço no meio acadêmico, ofertando esse novo formato de língua em seus cursos universitários, a UFG não ficou de fora e no inicio do mês de março de 2009 iniciou-se a primeira turma do curso de Letras-LIBRAS, sendo essa a primeira presencial, destinada a formação de professores de LIBRAS.
Sendo esse curso destinado a formação de professores, nós futuros profissionais do ensino da LIBRAS, devemos desenvolver estratégias de ensino que façam com que nossos futuros alunos realmente aprendam de uma forma prazerosa e que naturalmente a LIBRAS seja uma língua adquirida passando a ser desenvolvida pelo individuo aprendiz como uma L2.
 A necessidade de efetivar esse projeto dá-se pela importância de produção de material teórico acadêmico na área de LIBRAS, hoje contamos com poucos recursos materiais para o ensino de LIBRAS, os cursos ofertados no mercado normalmente são com poucas horas de duração e também extremamente monótonos e sem criatividade, o aprendiz acaba sendo desestimulado ao aprendizado.
Com a existência dessas leis que obrigam a sociedade a agir de uma maneira diferente, mais inclusiva, muitas pessoas se vêem, obrigadas por empresas ou mesmo como uma forma de diferencial pessoal a fazerem cursos de LIBRAS, porem além de os cursos serem de pouca duração, não faz com que a pessoa se sinta realmente integrada na comunidade surda e isso faz com que ela se exclua não conseguindo avançar do nível básico.O aprendiz do nível básico deve ter vontade de prosseguir no curso e que esse saiba utilizar os recursos aprendidos para se comunicar com pessoas surdas que venham até ele.
A LIBRAS assim como qualquer outra língua deve ser estudada com dedicação, o aprendiz não internaliza uma língua sem esforço, a não ser que este esteja emergido em um contexto que lhe proporcione o aprendizado de maneira natural. Porém dentro da instituição, o método para o ensino pode ser lúdico, fazendo com que o aluno esteja interado, participando e comunicando na língua que está sendo ministrada.
Para que o aprendiz saia do nível básico apto a ter um diálogo com um nativo, deve-se aguçar alguns sentidos, com a percepção visual, a agilidade corporal, as expressões faciais, pois na LIBRAS muitos contextos são compreendido apenas com esses sentidos. Para a aquisição dessa desenvoltura deve-se trabalhar com dinâmicas de grupo  animadas e com incentivos, não de premiação por erros ou acerto, mas pela disposição de se habilitar a aprender a se expressar em uma língua tão complexa e cheia de detalhes, portanto todos devem ser incentivados por todo o curso, o objetivo é para que o individuo sinta prazer em sair de sua casa para poder adquirir uma L2.
Porém criar formas lúdicas de ensino não é uma tarefa fácil, o professor precisa sentir em cada turma qual será o melhor método a ser utilizado, pois no ensino de línguas estamos lidando com pessoas e cada uma possui sua característica própria, então a forma que agrada um indivíduo pode não agradar o outro. E essa é a dificuldade encontrada pelos professores de línguas em geral, eles não estão prontos a mudanças e adaptações imediatas. A grande dificuldade de se ensinar uma língua acontece quando o professor se depara com uma turma desmotivada, com dificuldades de aprender a matéria, que pode ser ocasionados por vários motivos, desde problemas pessoais dos alunos como também o método de ensino utilizado pelo professor que às vezes não se adapta a realidade dos alunos.
O professor deve apresentar a matéria de uma forma que possa despertar a curiosidade e o interesse dos alunos, dessa forma a aula se torna mais divertida, e a matéria é ensinada. Usar alguns materiais como livros de histórias, vídeos e jogos são alguns recursos que podem estimular essa curiosidade, é claro que deve-se saber utilizá-los adequadamente para cada faixa etária e nível.

Manifestação a favor da educação Bilíngue para Surdos


Aconteceu em Brasília dias 19 e 20 de maio uma manifestação a favor da educação bilingue para os surdos com intuito de sensibilizar as autoridades do setor em relação à política educacional voltada para os surdos. Ao invés do método da inclusão, adotado pelo MEC, os surdos pleiteiam o sistema bilíngue de educação.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Enel 2011- de 17 a 23 de Julho

O ENEL (Encontro Nacional dos Estudantes de Letras) é o grande evento anual de integração discente da área de Letras do Brasil. Nele, a partir de um foco fundamentalmente político, discute-se as condições dos estudantes em geral, e, mais especificamente, de Letras do país, bem como as futuras condições de trabalhadores em educação pelo ensino de línguas e literaturas, levando em conta as transversalidades e as multidisciplinaridades. Discute-se também as condições de trabalho dos bachareis (em estudos literários, linguísticos e dos tradutores), tendo sempre em cena uma formação política socializante e que atenta à dignidade do outro no espaço das diferenças. O ENEL também integra os estudantes de Letras do Brasil conforme a produção científica (de graduação e de pós-graduação), de extensão e cultura que estão em desenvolvimento e aplicação nas instituições de ensino superior brasileiras. Esse ano o ENEL terá como parte da sua programação o I  SNL (Seminário Nacional de Libras), uma novidade no encontro, que tem o objetivo de integrar Surdos e profissionais da área, promovendo interação social e respeitando as diferenças.
OUTRAS INFORMAÇÕES: http://enelgoiania2011.blogspot.com/
Esse ano o Enel será sediado pela Faculdade de Letras  da Universidade Federal de Goiás e está previsto mais de 3.000 participantes, no evento além de palestras e encontros as noites contarão com festas temáticas.

Lei 12.319 de 01 de Setembro de 2010

Esta Lei regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua de Sinais - LIBRAS.
Com certeza uma conquista imoportante, pois a profissão existia e não era reconhecida, o que prejudicava o exercício correto dela.
A ação desse profissional é uma ferramenta importante na integração e valorização das pessoas surdas. Por meio do contato diário com a comunidade surda e conhecendo toda uma cultura que envolve o ser surdo, as leis que asseguram os nossos direitos, bem como, deveres de uma profissão pode-se aprimorar os conhecimentos e habilidades.